No âmbito do “Complexo Mineiro do Vale Superior do Rio Terva – Parque Arqueológico do Terva”, os biólogos Célia Gomes e Duarte Silva apresentaram, no passado dia 7 de Dezembro, ao Executivo Camarário e aos responsáveis do projeto, os resultados do estudo de caraterização da fauna, vertebrados e invertebrados (artrópodes) existente na área de implantação do futuro parque, que inclui as cinco aldeias de Sapelos, Ardãos, Nogueira, Bobadela e Sapiãos.
Este estudo, que visava conhecer a composição das comunidades de aves, anfíbios, répteis, mamíferos, peixes e invertebrados (artrópodes) na área do futuro Parque Arqueológico do Terva e avaliar a importância desta zona num contexto regional e nacional, revelou que esta área apresenta um elevado potencial para a elaboração de percursos interpretativos e possui riqueza biológica com mérito de ser preservada e mantida para gerações futuras. No estudo pode ler-se que a avaliar pelo número e a diversidade de espécies na área, esta é uma zona biologicamente rica que, apesar da contínua intervenção humana, se qualifica como interessante em termos de conservação, em particular nas áreas de mato e bosques de carvalho-negral.
A equipa de biólogos, contratada para a prestação de serviços de investigação no domínio da biologia (fauna), fez o levantamento de um elevado número de espécies. Durante o levantamento faunístico registou-se a existência de 96 espécies de aves, 11 espécies de anfíbios, 15 espécies de répteis, 23 espécies de mamíferos não-voadores, 3 espécies de peixes e, por último, ao nível da comunidade de invertebrados, em especial no que respeita aos aracnídeos encontrou-se 77 espécies de aranhas e quanto às restantes classes de invertebrados analisadas, foram determinadas 30 espécies de insetos.
Na apresentação do estudo estiveram, também, presentes o Prof. Luís Fontes e da Dra. Mafalda Alves, da Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho, parceiros da Autarquia de Boticas na concretização deste projeto.