No passado dia 7 agosto, o Presidente do Município de Boticas, Fernando Queiroga, deslocou-se à Estação Arqueológica das Batocas, na freguesia de Ardãos, com o objetivo de conhecer de perto os trabalhos arqueológicos realizados pelos alunos da Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho, desenvolvidos no âmbito do Projeto de “Conservação, Estudo, Valorização e Divulgação do Complexo Mineiro Antigo do Vale Superior do Rio Terva, Boticas”.
Sob orientação do Doutor Luís Fontes e da investigadora Mafalda Alves, ambos da Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho, têm vindo a ser realizadas várias escavações arqueológicas no lugar das Batocas, que vieram comprovar a existência de um importante povoado romano que serviria de apoio à exploração e tratamento mineiro outrora existente. Ao longo destas escavações foram também encontradas algumas peças arqueológicas referentes ao período romano, estando a maioria exposta no Centro Interpretativo do PAVT, e as restantes a serem objeto de limpeza e restauro no Museu D. Diogo de Sousa (Braga).
De relembrar que a Universidade do Minho e o Município de Boticas estabeleceram um protocolo de cooperação para execução do referido projeto, tendo já no ano passado estado, igualmente, um grupo de alunos de arqueologia da universidade minhota no concelho botiquense, de forma a dar seguimento a estes trabalhos arqueológicos. De referir também que foi no ano de 2010 que começaram a ser realizados alguns trabalhos de pesquisa bibliográfica e documental, alguns levantamentos topográficos em locais anteriormente selecionados, prospeções extensivas e intensivas na área de estudo, bem como sondagens de diagnóstico no povoado de Batocas, sendo que neste momento todos os trabalhos arqueológicos realizados nesta Estação serão para ficar finalmente a descoberto.
Sem dúvida alguma, estes trabalhos arqueológicos, resultantes do protocolo de cooperação entre as duas entidades, constituem um valioso contributo para um conhecimento mais amplo e aprofundado de todo o Complexo Mineiro Antigo do Vale Superior do Rio Terva, permitindo não só valorizar e preservar o espaço, mas também dar a conhecer aquele que foi um dos mais importantes locais de mineração aurífera na época romana.