Secretário de Estado da Energia visitou Boticas
BOTICAS, 2013-04-12 18:11:41


O Secretário de Estado da Energia, Artur Trindade, visitou o Concelho de Boticas nos passados dias 9 e 10 de Abril, tendo como principal propósito reunir com os responsáveis do Município para ser analisado o processo relativo à área das antigas minas de ouro romanas do Poço das Freitas, Limarinho e Brejo, local classificado como de interesse cultural e histórico, onde o Município de Boticas está a implementar a construção do Parque Arqueológico do Vale do Terva, mas para cuja área a multinacional canadiana MedGold tem solicitada a concessão de prospeção e pesquisa de minérios de ouro.

O assunto tem merecido a maior das atenções por parte do Governo, através da Direção Geral de Energia e Geologia, até porque neste processo estão envolvidos muitos milhares de milhões de euros, já que os elementos disponíveis apontam para que no local exista um recurso contabilizado em cerca de 2,5 mil milhões de euros.

Nesta fase importa perceber e analisar até que ponto é possível que os dois investimentos possam coexistir e de que forma um poderá, ou não, condicionar o outro, sendo fundamental que sejam criadas condições de salvaguarda que permitam que os mesmos sejam executados em consonância.

Para perceber a real dimensão de todo este processo, o Secretário de Estado da Energia não se limitou a ouvir os argumentos dos responsáveis do Município - coadjuvados pelos técnicos da Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho, parceira da Câmara de Boticas no projeto do Parque Arqueológico do Vale do Terva (PAVT) - como fez questão de visitar a área em apreço, para melhor perceber o potencial cultural, ambiental e turístico deste parque e os impactos que uma futura exploração de ouro no local (em particular uma exploração a "céu aberto", já que as características do solo não permitem outra solução) poderá vir a ter quer para o próprio parque, quer para a região e as populações limítrofes.

Artur Trindade visitou ainda as instalações do Centro Interpretativo do PAVT, localizadas em Bobadela, que já se encontram praticamente concluídas e que serão a porta de entrada para o futuro parque.

Na certeza de que todas as partes têm o maior interesse em que sejam encontradas as soluções adequadas, o assunto, depois desta abordagem, deverá conhecer muito em breve novos desenvolvimentos       

Assinatura de Protocolo

Nesta sua visita ao Concelho, o Secretário de Estado da Energia apadrinhou ainda a assinatura de uma adenda ao protocolo entre a Camara de Boticas e a Universidade do Minho (UM), de forma a isentar do pagamento de propinas, total ou parcialmente, os estudantes que venha a tirar teses de mestrado ou doutoramento sobre o Parque Arqueológico do Vale do Terva.

Após estudo levado a cabo pelo núcleo de arqueologia do Universidade do Minho, sobre o Vale do Terva,  foi reconhecida a importância e a riqueza do património aí existente, de modo  a que já  está em curso a classificação desse património de interesse nacional, o que levou à realização de um protocolo entre a autarquia e a UM, no sentido de conservar e valorizar todo este património.

Com uma presença humana que se estende há mais de 2500 anos,  que ao longo  dos anos foi deixando um património construído, o Vale do Terva, além do complexo mineiro, também é quico em fauna, 232 espécies, e em flora, 487, entre outros recursos , que merecem conservados e valorizados,  surgindo assim, o  Parque Arqueológico do Vale do Terva. Estende-se por uma área de 58 km2,  envolve cinco aldeias, Ardãos, Bobadela, Nogueira, Sapelos e Sapiãos, e com uma população actual de cerca de 2.300 habitantes.

Relativamente à adenda ao protocolo, segundo referiu Fernando Campos, presidente da Câmara de Boticas, "pretende-se, assim, que se possam desenvolver teses de mestrado e doutoramentos sobre o vale do Terva, com isenções total ou parcial de propinas”, o que revela “a importância do património do Vale do Terva” referiu o autarca. Nesse sentido, além de objecto de estudos científicos, o  Parque Arqueológico do Vale do Terva “vai permitir um maior dinamismo económico, contribuindo para a melhoria de vida das populações, essencialmente pela via do turismo” concluiu  Fernando Campos.

No ato de assinatura da adenda ao protocolo, esteve presente o vice-reitor da UM, José Mendes,  que salientou o interesse deste projecto arqueológico, tanto mais que está  a ser implementado na zona interior do país.

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