Assinalando os 120 anos do nascimento de Gomes Monteiro, ilustre homem das letras de Boticas, nascido em 5 de junho de 1893, no Eiró, e falecido em Lisboa em 8 de dezembro de 1950, o Município de Boticas levou a cabo, integrada no programa do I Colóquio Internacional de Cultura Popular, uma cerimónia de homenagem ao escritor e jornalista, patrono do Agrupamento de Escolas, que, embora singela, contou com um grande simbolismo, ou não fora Gomes Monteiro uma figura muito grata por quem os botiquenses nutrem um carinho especial.
Assim, o arranque do programa do Colóquio de Cultura Popular começou, precisamente, com a inauguração/visita de uma exposição bibliográfica dedicada ao escritor, patente do átrio do Auditório Municipal, onde se procurou retratar um pouco do que foi a vida e obra de Gomes Monteiro, autor e tradutor de um grande número de livros, entre os quais se destaca o já célebre romance "Feras no Povoado", cuja ação central se desenrola em Boticas, mais precisamente no lugar do Eiró, onde Gomes Monteiro nasceu. De resto, esta obra já foi reeditada por duas vezes, a primeira das quais integrada na coleção "Clássicos" da editora Caixotim e a segunda numa edição da Câmara Municipal de Boticas. Para além destas o Município editou também uma versão em galego sob o título "Feras na Vila".
À abertura da exposição seguiu-se a inauguração de um monumento dedicado a Gomes Monteiro, com um busto da autoria do mestre Francisco Simões - que fez questão de marcar presença nesta cerimónia - situado na praceta recentemente construída junto ao entroncamento da rua de Sangunhedo com a rua D. Pedro Menezes, e tendo precisamente o Eiró como pano de fundo.
A apadrinhar esta cerimónia esteve a Diretora Regional de Cultura do Norte, Paula Silva, que não deixou de mostrar o seu agrado pelo reconhecimento dado pelo Município de Boticas a uma figura impar das letras, da arte e da cultura como é Gomes Monteiro, cujo prestígio extravasou claramente o âmbito regional, sendo um nome de referência a nível nacional.