Os Moinhos na Economia Local


Os Moinhos na Economia Local

A economia da região assenta tradicionalmente na monocultura do centeio, entrecortada por produções esporádicas de milho, nas terras baixas. Até às primeiras décadas dom séc. XX, a alimentação baseava-se na complementaridade entre o aproveitamento deste cereal e da castanha. Os moinhos foram construídos com o objectivo de garantir a moagem intensiva de todo o centeio da casa rural durante a época das chuvas, sem ter que comprar esse serviço ao exterior.

Numa região em que predomina a actividade de carácter agro-pastoril e o autoconsumo, a implantação da propriedade e do investimento industrial deu-se muito escassamente, Assim, os moinhos são maioritariamente de rodízio, de dimensão diminuta e tecnologia acessível. Este facto, aliado aos direitos privados sobre bens comuns e, nomeadamente aos direitos de água, favoreceu o encontro de soluções de cooperação como os moinhos de horas para utilização colectiva mediante contrapartidas ou os moinhos do povo, genuinamente comunitários.

Excepcionalmente existem azenhas e moinhos de rodízio que eram explorados comercialmente pelos seus proprietários, que retinham uma parte do grão, levado por particulares para farinação, como pagamento (a maquia).